3 Erros em Avaliação Psicológica que Podem Invalidar seu Laudo (e Como Evitá-los)
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3 Erros em Avaliação Psicológica que Podem Invalidar seu Laudo (e Como Evitá-los)

  • Foto do escritor: Instituto de Ensino Vision
    Instituto de Ensino Vision
  • 1 de jul.
  • 3 min de leitura

Ao entrar no universo da Psicologia Jurídica, muitos profissionais se deparam com uma dúvida recorrente: por que alguns laudos são rejeitados pela Justiça, mesmo tendo sido elaborados com tanto esforço? A resposta, infelizmente, está em pequenos detalhes que fazem grande diferença. Se você está começando agora na área ou quer entender como fortalecer sua atuação como perito, é fundamental saber o que pode enfraquecer uma avaliação psicológica. Neste artigo, vamos explorar os três erros em avaliação psicológica judicial mais comuns que podem comprometer seu trabalho e te mostrar como evitá-los com confiança e técnica. Além disso, vamos discutir boas práticas que garantem mais segurança, tanto para quem elabora quanto para quem analisa os documentos periciais.


Seção 1: O que é / Definições


A avaliação psicológica judicial é um processo técnico e científico que oferece suporte ao Judiciário por meio de pareceres especializados. Nessa modalidade de avaliação, o psicólogo atua como perito ou assistente técnico, sendo responsável por responder a uma demanda específica formulada pelo juiz ou por uma das partes do processo. Ao contrário da avaliação clínica, que prioriza o acolhimento e a escuta terapêutica, aqui o foco está na produção de um documento técnico e imparcial, que pode influenciar diretamente uma sentença.


O objetivo é analisar aspectos como funcionamento emocional, cognitivo e comportamental de uma pessoa, sempre dentro do contexto do processo judicial. Para isso, é fundamental que o profissional siga diretrizes como a Resolução CFP nº 007/2003, utilize instrumentos aprovados pelo SATEPSI e tenha domínio da linguagem jurídica. Além disso, o psicólogo precisa compreender a responsabilidade ética e legal que envolve esse tipo de trabalho, pois qualquer falha pode comprometer a credibilidade do laudo e impactar diretamente na decisão judicial.


Essa atuação exige habilidades que vão além do conhecimento técnico: é preciso saber comunicar-se com clareza, interpretar demandas jurídicas com precisão e manter uma postura isenta e ética em todas as etapas do processo. Para quem está se formando, entender desde cedo essas exigências é um diferencial competitivo na construção de uma carreira sólida na Psicologia Jurídica.


Seção 2: Principais aspectos / causas / tipos


  1. Falta de clareza e fundamentação técnica Quando o laudo parece improvisado, sem justificar a escolha dos instrumentos aplicados ou sem conexão entre os dados coletados e a conclusão, ele perde força. Isso não apenas compromete a credibilidade do psicólogo perito, como também enfraquece a utilidade do documento no processo.


  2. Uso inadequado de métodos ou instrumentos É essencial utilizar testes reconhecidos pelo SATEPSI e adequados ao contexto forense. Testes projetivos aplicados de forma genérica, ou o uso de instrumentos sem validade científica para a demanda, podem fazer com que o juiz desconsidere o laudo. É preciso pensar criticamente: esse instrumento responde à pergunta judicial?


  3. Incoerência ou contradição no relatório A ausência de lógica entre as etapas do laudo, como quando o parecer final entra em conflito com os dados apresentados, é um erro grave. Um relatório sem coesão demonstra insegurança profissional e abre margem para impugnações por parte dos advogados.


Seção 3: Impactos / Consequências


  • O juiz pode rejeitar o laudo e solicitar nova perícia, atrasando o processo e gerando desgaste para todas as partes


  • O psicólogo pode ser denunciado ao Conselho Regional por imperícia ou negligência


  • A reputação do profissional é abalada, dificultando convites futuros para atuar como perito ou assistente técnico


Esses riscos afetam especialmente quem está começando na área, pois cada oportunidade conta para construir uma carreira sólida.


Seção 4: Estratégias / Benefícios / Como lidar


  1. Escreva com clareza e objetividade Evite jargões excessivos e use uma estrutura lógica. A divisão clássica em identificação, demanda, procedimentos, análise e conclusão ajuda o leitor a entender seu raciocínio. Sempre fundamente suas análises com teoria e evidências.


  2. Utilize instrumentos validados e adequados à demandaAntes de aplicar um teste, verifique se ele está aprovado no SATEPSI e se de fato é pertinente à demanda jurídica. Escolher mal o instrumento pode anular todo o trabalho.


  3. Revise com atenção redobrada Erros de digitação, frases truncadas ou repetições comprometem a qualidade. Leia o laudo como se fosse o juiz. Ele entenderia sua argumentação? Tudo está claro?



Benefícios para você:

  • mais segurança para atuar como perito ou assistente técnico

  • fortalecimento da sua reputação profissional

  • diferencial competitivo no mercado da Avaliação Psicológica


Conclusão


Produzir um laudo psicológico é muito mais do que preencher um documento. Envolve técnica, ética, clareza e, principalmente, responsabilidade. Evitar erros como falta de fundamentação, uso indevido de instrumentos ou contradições no relatório é essencial para ser reconhecido como um profissional sério e preparado.



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